O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (5) manter a taxa Selic em 15% ao ano, o maior patamar desde 2006. A decisão, amplamente esperada pelo mercado financeiro, reflete a preocupação da autoridade monetária com a persistência da inflação e a necessidade de manter o controle dos preços no médio prazo.
Taxa Selic segue estável: entenda a decisão do Copom
De acordo com o comunicado divulgado após a reunião, o Copom afirmou que a taxa de juros básica, conhecida como taxa Selic, continuará em 15% “por tempo suficiente” até que a inflação mostre sinais consistentes de desaceleração. A decisão foi unânime entre os membros do comitê.
O Banco Central justificou a manutenção da taxa Selic hoje pelo cenário ainda desafiador da economia global e pelas pressões inflacionárias internas, especialmente nos setores de serviços e alimentos.
“O Comitê avalia que o cenário de desinflação segue mais lento do que o esperado e que a política monetária deve permanecer restritiva por mais tempo”, diz o comunicado oficial.
Selic hoje: impacto para a economia e para os consumidores
A Selic hoje funciona como referência para todas as outras taxas de juros da economia — desde financiamentos e empréstimos até aplicações financeiras. Com a taxa Selic copom em 15%, o custo do crédito tende a continuar elevado, dificultando o acesso a financiamentos e pressionando o consumo das famílias.
Por outro lado, quem investe em renda fixa continua sendo beneficiado, já que títulos públicos e CDBs atrelados à taxa Selic mantêm retornos atrativos.
Economistas avaliam que, embora a decisão do Copom Selic mantenha a inflação sob controle, ela também pode desacelerar o ritmo de crescimento econômico, especialmente em setores dependentes de crédito, como o imobiliário e o automotivo.
Copom taxa Selic hoje: contexto internacional e riscos
O Copom taxa Selic hoje segue atento às incertezas do cenário global. Com os Estados Unidos e a Europa sinalizando cortes graduais nas suas taxas de juros, o Brasil mantém uma postura mais cautelosa.
Além disso, a volatilidade dos preços das commodities e as tensões geopolíticas têm impactado o custo da energia e dos alimentos, fatores que dificultam a redução da taxa de juros Banco Central.
Analistas destacam que o Banco Central brasileiro adota uma postura de prudência, buscando garantir a convergência da inflação à meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3% com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Expectativas para as próximas reuniões do Copom
O mercado já começa a especular o rumo da reunião Copom de dezembro. Embora alguns economistas esperem um possível corte no início de 2026, a maioria acredita que a taxa Selic hoje deve permanecer inalterada pelo menos até o primeiro trimestre do próximo ano.
Segundo levantamento da Bloomberg, mais de 70% dos analistas projetam estabilidade nos juros nas próximas duas reuniões, enquanto 20% ainda veem espaço para um ajuste menor, dependendo dos dados de inflação e atividade econômica.
“O Banco Central quer ver a inflação convergindo de forma clara para a meta antes de iniciar qualquer movimento de flexibilização monetária”, afirmou o economista-chefe de uma grande instituição financeira em São Paulo.
Copom reforça compromisso com o controle da inflação
Durante a coletiva de imprensa, o presidente do Banco Central reiterou o compromisso da instituição com o combate à inflação, afirmando que “a política monetária precisa continuar vigilante”. Ele também ressaltou que o país vive um momento de transição fiscal, o que aumenta a importância de uma postura firme na condução da política de juros.
O comunicado destacou que o Copom Selic continuará acompanhando de perto a evolução das expectativas de inflação, os preços internacionais e o desempenho do câmbio, fatores decisivos para as próximas decisões.
Conclusão: cenário desafiador e cautela à frente
A decisão do Copom de manter a taxa Selic hoje em 15% reflete um equilíbrio delicado entre combater a inflação e não comprometer ainda mais o crescimento econômico. O Brasil enfrenta um ambiente de juros altos, inflação persistente e incertezas fiscais, o que exige cautela nas próximas etapas da política monetária.
Enquanto o governo busca medidas para estimular a economia, o Banco Central reforça que seu principal objetivo é preservar o poder de compra dos brasileiros e garantir a estabilidade financeira do país.
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